Bom
dia gente!
Com
esse rebosteio político desses últimos tempos possivelmente se
sinta indefinido quanto ao seu posicionamento político e se
identifique com algumas dessas ideias:
1
– Você gostaria de uma sociedade igualitária que buscasse
racionalmente o equilíbrio entre as reivindicações da
solidariedade humana geral e a do indivíduo livre.
2
– Uma sociedade onde os sistemas de exploração humana e o abuso
destrutivo da natureza fossem extintos.
3
– Apesar disso sobre os sistemas que fazem propostas como essa você
não tem se identificado com nenhum.
4
– Talvez você já tenha percebido que o Estado desde sua criação
tem governado para a manutenção de privilégios de poucos em
desvantagem, miséria e submissão de muitos.
5
– Observando isso tem estado desapontado com o futuro da humanidade
e já não acredita na política representativa e eleitoreira.
6
– Tem desesperança vendo a sociedade como está e se sente
“utópico” em pensar algo melhor que isso.
Já
ouviu falar em anarquismo? “Utopia!” dirão alguns que por
incapacidade de ver o potencial humano para uma melhor sociedade
futura refugiam-se em medos inertes e receitas de bolo ditas
“realistas” ou “científicas” quando na verdade geralmente
são ingênuas, acomodadas, autoritárias e consoladoras.
“Terrorismo!”
dirão outros perdidos no senso comum televisivo e nos outros
veículos ideológicos financiados pela classe dominante.
“Impraticável!”
dirão outros que não observaram que a cooperação e o trabalho
foram elementos sempre essenciais e existentes para a sobrevivência
de nossa espécie.
“Anti-natural!”
dirão os que calcados numa suposta natureza humana socialmente
autodestrutiva não se dão conta que a natureza das relações
competitivas ou cooperativas dependem do ambiente que seleciona essa
classe de comportamentos e não de uma suposta “essência perversa
imutável”.
“Impossível!”
julgarão os incautos que acham impossível viver sem um aparelho
centralizador de poder , com caráter coercitivo e administrativo dos
assuntos de interesses gerais que regem a sociedade, estes negam a
longa existência da humanidade com a ausência do Estado e dos
meandros sutis deste, negando grande parte de nossa história e da
história de algumas localidades atuais.
“Detestável!”
dirão os que temem a emancipação da classe trabalhadora por
temerem o fim de sua exploração dessa classe.
“Esquerdopatas!”
dirão os machinhos ressentidos apoiadores de políticos fascistas
que com ideias moralistas, preconceituosas e simplórias transmitem
uma segurança viril de papai autoritário para esses caros adeptos.
O
anarquismo consiste em uma das correntes do socialismo, o socialismo
libertário. Suas ideias e práticas se baseiam numa análise crítica
de nossas instituições, bem como na análise do autoritarismo
implícito e explícito em nossas relações cotidianas(incluindo
familiares, laborais, amorosas e etc).
Os
anarquistas buscam a autonomia e a organização pelas bases,
aspirando a abolição do Estado e da alienação.
Os
anarquistas buscam a emancipação econômica, por essa ser fator
determinante da emancipação política e social, rejeitando assim
uma sociedade baseada em castas e colocando os meios de produção
nas mãos de quem produz.
Os
anarquistas através de práticas artísticas, científicas e
relacionais desejam a divulgação de uma cultura libertária que se
oponha aos processos de fabricação de consenso pelos aparelhos
ideológicos do Estado e da grande mídia.
Os
anarquistas são a favor da divulgação científica e rejeitam o
charlatanismo, a ignorância e a teocracia.
Os
anarquistas são a favor da saúde, rejeitando o ódio irracional, o
desejo de dominar, o medo da liberdade e a identificação com o
opressor no âmbito dos relacionamentos sociais.
Os
anarquistas estão em todos os cantos, na fábrica se associa com
seus iguais em sindicatos e associações defendendo os interesses da
classe trabalhadora, nas escolas buscam a autoinstrução e lutam por
melhores formas de ensino, como amante rebelam-se contra duplos
vínculos e joguinhos amorosos de controle, nas famílias vão
limpando os resíduos autoritários através da conscientização das
ações.
Os
anarquistas no campo da política cotidiana e corporal buscam
eliminar os bloqueios da capacidade de amar, criar e lutar, buscando
já no mundo atual e na medida do possível respirar a liberdade,
construir autonomia, produzir autogestão e vivenciar a anarquia.
Percy
Drokellier
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